PATOLOGIA
Na Medicina Ayurvédica uma coluna saudável é o principio da cura de todos os males
Na medicina ayurvédica a teoria segue que todas as doenças se originam de estresses na percepção ou na consciência do indivíduo. Esses estresses levam a um estilo de vida maléfico a saúde, que, por sua vez traduzem um ciclo de saúde comprometida. De maneira simplificada, doenças, dores, e falta de saúde podem estar relacionadas ao esgotamento, o que faz sentido.
Existem três estágios para a cura, o primeiro Panchakarma, que envolve a desintoxicação das impurezas e toxinas do corpo, pelos enemas, vômitos, ioga meditação ou cânticos. Durante a tonificação (aumento), o paciente come determinadas ervas e praticar exercícios de respiração e ioga.
O terceiro passo, Satavajaya tenta reduzir o estresse emocional e libera sentimentos negativos pela meditação, massagens e alimentação adequada para cada biótipo.
Portanto na ayurvédica, acredita-se que podemos viver em harmonia e equilíbrio conosco e com o meio sem dores, sem ressentimentos ou magoas.
Segundo Deepak Chopra autor de vários artigos sobre cura corpo-mente-espírito, a cura esta dentro de nós é só seguir as orientações do terapeuta, caso não consiga sozinho.
Pode-se avaliar o paciente através da observação geral (aparência e etc) através de sons, audição (tom da voz, etc). Por questionamento verbal feito ao paciente e através do tato.
Na diagnose oriental, o praticante (terapeuta) procura compreender o paciente como um todo, de forma semelhante ao primeiro encontro de duas pessoas; elas se olham, se observam, se cumprimentam, ouvem a voz uma da outra, percebem qualquer cheiro particular, fazem-se perguntas abraçam-se ou simplesmente apertam as mãos.
Na medicina ocidental a diagnose é dirigida mais para que o cliente diz do que para ele próprio, como um detetive procurando um criminoso o medico conduz uma investigação para descobrir a doença que aflige o corpo sem se ocupar do próprio paciente. Este é tratado como se fosse um objeto doente e não como um ser humano.
Hoje em dia graças a Deus já existe alguns médicos que se preocupam em diagnosticar seus pacientes como um ser completo de corpo-mente-espírito e cada vez mais estabelecendo uma relação médico - paciente de confiança e afeição parecida com a diagnose oriental que trata o todo. Avaliar os casos de lesão medular (LM) é fundamental para o planejamento para o atendimento primário das equipes envolvidas, particularmente, a neurocirurgia. Objetiva-se determinar a incidência e os agentes causais de LM nos hospitais brasileiros.
MÉTODOS: Estudo descritivo e transversal, realizado em janeiro de 1997 e repetido em janeiro de 1998 para confirmação de informações. Contactou-se 202hospitais com unidades de terapia intensiva. Recebemos respostas dos inquéritos de LM e suas causas de 80 hospitais terciários das cinco regiões geográficas brasileiras. Avaliação estatística e gráfica realizada com programa SPSS9.0Ò
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi 30,4+/-15,5anos. A relação é de 9homens para cada mulher. Estimativa da incidência foi de 942casos/mês, com 11304novos casos/ano. Coeficiente de incidência estimado de 71casos por milhão de habitantes. O Nordeste apresentou taxa de incidência de 91casos/milhão, enquanto no Sul estimou-se apenas 38casos/milhão. A estimativa da prevalência indica mais de 180mil indivíduos portadores de LM no Brasil. Dos agentes causais destacam-se os acidentes de trânsito(34,5%), mergulho em águas rasas(24,1%), quedas(23%) e perfuração por armas de fogo(13,8%).
CONCLUSÃO: Registram-se quase mil casos de LM a cada mês no Brasil. Nordeste é a região com maior incidência proporcional; homens adultos jovens são as principais vítimas, acidentes de trânsito, acidentes em mergulho e quedas são os principais agentes causais.
COLUNA VERTEBRAL
Esta estrutura de ossos e cartilagens estende-se da base do crânio à pelve, sustentando o tronco e a cabeça, ajudando a transferir seu peso para as pernas, e protege a medula espinhal, suas raízes nervosas, órgãos e vísceras. Suas curvaturas permitem que o homem se mantenha em posição vertical, ajudam a manter o equilíbrio do corpo e reduzem o impacto dos golpes durante a movimentação.
A estrutura da coluna vertebral consiste de 33 segmentos (vértebras), agrupados em quatro regiões distintas: cervical, torácica (ou dorsal), lombar e pélvica
REGIÃO CERVICAL
É constituída de Sete vértebras. A primeira e a segunda, Atlas (C1) e Áxis (C2) têm a forma diferenciada, a fim de proporcionar a união com a cabeça, suportar o peso e permitir um grande número de movimentos. As cinco cervicais imediatamente inferiores têm a forma típica, sendo que C7 é uma vértebra de transição, uma vez que sua parte inferior se articula com a região torácica através de T1.
C7 é a maior vértebra cervical. Seu processo espinhal (3) é mais longo e maciço e tem uma “proeminência vertebral” facilmente visível e palpável. C6, C5, C4 e C3 são progressivamente menores sendo que C3 é a menor de todas. As vértebras cervicais possuem corpos pequenos e retangulares com as superfícies superior e inferior dentadas dentro de concavidades rasas (onde se aninha o disco vertebral) e projeções em forma de cristais (Processos Uncinados), que se projetam para cima e lateralmente. As partes laterais da porção inferior da vértebra são dentadas, para proporcionar a acomodação dos processos uncinados (que tem forma de unha ou garra) da vértebra imediatamente inferior, além de ter uma aba na parte frontal, que se justapõe ao corpo vertebral situado imediatamente abaixo. Há quatro destes pares de juntas na região cervical: C3/C4 – C4/C5 – C5/C6 e C6/C7 (junta de Luschka).
O processo espinhal é curto, bífido (em forma de forquilha - Y) e assimétrico na forma e tamanho. Os Processos Articulares têm estrutura em bloco, com a superfície abaixo e acima ligeiramente inclinada, que se iniciam fora da junção dos pedículos e lâminas. As superfícies articular superior e inferior ficam de frente, projetando-se para cima (superior) ou para baixo (inferior), levemente inclinada para as laterais. São estas superfícies planas que permitem o suave movimento deslizante da articulação em praticamente todos os planos, verticais e horizontais, limitado apenas pelas restrições ligamentares. Os Processos Transversos, que se estendem pequenos e curtos por fora da parte inferior dos pedículos, têm um orifício no plano vertical (orifício transverso). O Orifício Transverso está situado na parte superior de C6/C2 e C1, proporcionando um anel protetor para a Artéria Vertebral e algumas fibras nervosas.
Áxis (C2) tem uma construção diferente. Ajusta-se na parte inferior a C3, uma cervical típica, enquanto sua parte superior acomoda o Atlas (C1), proporcionando-lhe, ainda, um eixo sobre o qual o Atlas e a cabeça podem se mover.
O Áxis tem um corpo retangular na parte inferior, igual ao das vértebras tipicamente cervicais e na parte superior uma coluna de osso semelhante a um dente, processo odontóide, que se projeta para cima. Na frente esse processo apresenta uma faceta suave, que se articula com o arco frontal do Atlas. Os Pedículos se estendem para cada lado e para trás do corpo, juntando-se com as lâminas no centro posterior, e se unem na linha mediana para formar o processo espinhal. O Processo Espinhal é grande e saliente, apesar da bifurcação ser muito assimétrica em cada prolongamento. Os Processos Articulares Superiores são planos, ovais e ligeiramente côncavos, situados sobre cada pedículo, projetando-se para cima e ligeiramente para lateral. Os Processos Articulares Inferiores são iguais aos da cervical típica. Os Processos Transversos são pequenos e curtos, saindo da junção dos pedículos e lâminas, sendo perfurados pelo Orifício Transverso (8), por onde passa a artéria vertebral.
Atlas (C1) tem a finalidade de sustentar a cabeça, proteger a medula espinhal e os importantes vasos sanguíneos existentes na região, ao mesmo tempo em que permite um enorme número de movimentos. É um anel de ossos com duas massas laterais de formação semelhantes a blocos, unidos na frente pelo Arco Anterior e atrás pelo Arco Posterior. A superfície superior da massa lateral é oval, lisa, ligeiramente côncava, com a parte central levemente para cima e medial, ligeiramente para trás. A superfície inferior também é oval, lisa, mas suavemente convexa, dirigindo-se para baixo na parte medial em conformidade com a superfície oposta de Áxis. O Arco Anterior é uma haste de osso curvada que se estende a partir da massa lateral dirigindo-se para frente. Na linha mediana há um pequeno promontório (elevações), Tubérculo Anterior. O Arco Anterior, que se estende de uma massa lateral para outra é um pouco maior e mais redondo, apresentando uma saliência na linha mediana posterior, Tubérculo Posterior. No lado inferior do Arco Posterior, há um estreito vertebral inferior, por onde passa o Segundo Par de Nervos Espinhais. Os Processos Transversos são bem grandes, projetando-se lateralmente das massas lateral, tendo aí localizados os Orifícios Transversos.
As vértebras Atlas e Áxis se encontram dentro do crânio, não sendo possível apalpá-las.
REGIÃO TORÁCICA (OU DORSAL)
Das vértebras torácicas saem às costelas, que se ligam ao esterno e formam uma espécie de gaiola (caixa torácica), onde se alojam os pulmões e o coração. No momento da inspiração, quando os pulmões ficam cheios de ar, os espaços entre as costelas aumentam de tamanho, retornando à dimensão normal na hora da expiração. Entre os 12 pares de costelas, há sete pares denominados de verdadeiros porque se unem diretamente ao esterno. As outras são chamadas falsas, articulando-se ao esterno pela união das respectivas cartilagens. E ainda há dois pares soltos, denominados flutuantes.
A região torácica ou dorsal é composta de doze vértebras de forma típica, mas com particularidades no que tange à articulação com as costelas, pois este conjunto forma uma caixa óssea que protege órgãos vitais, como coração e pulmões, além de permitir os movimentos necessários ao processo respiratório.
As vértebras torácicas são menores que as lombares e sua articulação com as costelas dá estabilidade à área espinhal, mas, devido à proximidade da junta Costo-Vertebral com a saída do Nervo espinhal, essa região ganha uma condição diferenciada. O corpo da vértebra torácica ou dorsal tem a forma de coração, com a porção maior voltada para trás. Suas superfícies superior e inferior são côncavas e menos profundas que as lombares, para acomodar os discos. Os Pedículos se estendem para cada lado do corpo da vértebra, formando a Cavidade Intervertebral superior e unindo-se às lâminas na parte posterior central, formando o Processo Espinhal. O Processo Espinhal, por sua vez, é longo e fino, estendendo-se bruscamente para baixo a fim de nivelar-se ao corpo da vértebra inferior. O Processo Transverso sai do ponto de junção dos Pedículos e Lâminas, sendo mais longo na parte superior (mais maciços na inferior), tomando a direção látero-póstero-superior. Também têm Facetas na frente para articulação com os tubérculos da costela. Como o Processo Espinhal se dirige bruscamente para cima, há uma acentuada variação no nível do Espaço Interespinhal, ocasionado pela complexidade espinhal torácica para trás. Estes níveis de relação variam em cada área como segue:
• T1/T2 e T11/T12 – 2 cm mais alto no espaço interespinhal.
• T3/T4/T5 e T8/T9/T10 – 2,5 cm mais alto no espaço interespinhal.
• T6 e T7 – 4 cm mais alto no espaço interespinhal.
O Processo Articular Superior é formado por placas de osso que se projeta para cima, partindo dos Pedículos e Lâminas e têm a finalidade de articular-se ao Processo Articular Inferior da vértebra imediatamente acima. O Processo Articular Inferior tem superfície plana e se projeta para baixo, ligeiramente afastado das lâminas, articulando-se com o Processo Articular Superior da vértebra imediatamente abaixo. Nos lados do corpo vertebral torácico, encontramos Facetas e Semifacetas, onde se articulam as cabeças das costelas. Essas formações são atípicas em algumas vértebras.
REGIÃO LOMBAR
A região lombar é composta de cinco segmentos maiores e mais pesados que as de outras regiões, em virtude de ser mais solicitada no suporte de peso e, também, devido à necessidade de se conectar com músculos mais fortes e pesados. Algumas vezes aparece uma sexta vértebra, quase sempre de formação incompleta. O Corpo da Vértebra Lombar é um bloco em forma de rim, maior nas laterais e menor no centro. Tem aparência esponjosa nas partes superior e inferior e é mais profundo no centro, para melhor acomodar o disco intervertebral.
Entre o corpo e os Processos Transversos e Articulares há uma cavidade para acomodar a medula, em forma de triângulo, a que chamamos de Forame Vertebral. Os Processos Transversos são longos, finos e frágeis e se estendem lateralmente. Os Processos Articulares Superiores são curtos e grossos, como lâminas projetadas para cima, em forma de palma ligeiramente côncava e sustentam as superfícies articulares inferiores da vértebra imediatamente superior, de onde se projetam os Processos Mamilares. Os Processos Articulares Inferiores se dirigem para baixo, para o lado e para frente. Suas superfícies são convexas e se encaixam dentro do processo articular superior da vértebra que lhe vem abaixo.
REGIÃO PÉLVICA
A pelve tem o formato de uma bacia, próprio para conter e proteger os órgãos vísceras inferiores. É formado por dois Ossos Ilíacos, o Sacro e o Cóccix. O Osso Ilíaco é formado pela junção dos ossos Ílio, Ísquio e Púbis, juntados pela cartilagem solidificada na adolescência. Estes três ossos (Ílio, Sacro e Cóccix) articulam-se entre si e se juntam numa cavidade em forma de taça (Acetábulo), que, por sua vez, se articula com a Cabeça do Fêmur.
O Sacro é formado por cinco segmentos, juntados por cartilagem flexível nas crianças, mas que se unem em uma forma sólida nos adultos, tornando-se a base de sustentação do peso do corpo humano. Através dos Ossos Ilíacos, entre os quais está encaixado, o peso é distribuído para os membros inferiores. Tem a forma triangular, com a base maior para cima e o vértice invertido para baixo, onde se articula com o Cóccix. Na linha medial posterior (dorsal) existe uma fileira de cinco Tubérculos, em cada lado tem uma fileira calcificada de processos articulares, Cristais Sacrais, que, na parte inferior, se projetam em saliências redondas (Córnua Sacral). Ao lado das Cristas estão os cinco Orifícios Sacrais de onde os pares de nervos sacrais. Na parte superior há uma larga superfície oval e côncava. Base do Osso Sacral, que se articula cm a região medial do Ílio, formando a Junta Sacro-Ilíaca.
O Cóccix é o apêndice final do Sacro e é constituído de quatro segmentos (Cornu Coccígeo), cada um menor que o imediatamente superior e sua formação é completa no início da adolescência. Esses segmentos se juntam entre si e ao sacro por cartilagem, o que permite maior união e, ao mesmo tempo, uma pequena variação de movimentos. Sua função é oferecer ligações aos músculos da base pélvica.
O Ílio é uma grande estrutura em forma de orelha, que se move para frente e para trás. Na parte de trás existe uma crista saliente chamada Espinha Ilíaca póstero-supeirior. Um pouco abaixo se registra uma projeção menor de osso (Espinha Ilíaca póstero-inferior), dificilmente detectável pelo tato. Na parte frontal da crista existe uma pequena saliência (Espinha Ilíaca antero-superior). Ainda na frente, um pouco abaixo, numa saliência menor e não detectável, está a Espinha Ilíaca antero-inferior.
O Ísquio é uma construção óssea pesada e curva, que sai do Acetábulo (ramo superior) em direção ao Púbis (ram inferior), tendo no final da parte curva uma formação saliente (Tuberosidade Isquial).
O Púbis é a formação óssea que une o Acetábulo (ramo superior) à junção cartilaginosa que se junta do lado oposto, através das Sínfises Pubianas, depois se estende para trás para se juntar ao ramo do Ísquio, formando com esse um grande anel ósseo, que chamamos de Cova do Obturador. Na verdade parece um óculos.
O Acetábulo é uma profunda cavidade em forma de taça, onde se articula a cabeça do fêmur. Abaixo de sua cabeça, o fêmur se estende latero-inferiormente até uma faixa estreita, para, em seguida, expandir-se no sentido látero-anterior, formando uma faixa estreita, para, em seguida, expandir-se no sentido látero-anterior, formando uma saliência desigual (Trocanter Maior) para a ligação com o músculo. Com a mesma finalidade há outra saliência menor (Trocanter Menor) na parte póstero-madial.
FLEXIBILIDADE
O tipo de articulação que existe entre as vértebras da coluna permite apenas movimentos restritos, porém o conjunto de vértebras garante ampla mobilidade e possibilita movimentos para a frente, para trás, para os lados e de rotação. Além disso, entre as vértebras existem 23 pequenas almofadas de fibrocartilagem plana, denominadas discos intervertebrais, que aumentam a elasticidade da coluna e atuam como amortecedores durante os movimentos de andar, correr ou pular. As nove vértebras da região sacrococcígea são unidas e, por isso, não possuem discos de cartilagem entre si.
MEMBROS DO CORPO
O corpo possui dois pares de membros, os superiores e os inferiores. Eles se ligam ao eixo principal do esqueleto (o axial) pelo cíngulo (cintura) do membro superior e pelo cíngulo do membro inferior. Os membros estão dispostos de forma simétrica de cada lado do corpo e forma, junto com os cíngulos, o esqueleto apendicular. A função principal dos membros superiores é proporcionar flexibilidade e mobilidade, enquanto a dos membros inferiores é oferecer estabilidade e suporte para o peso.
Membros Superiores
1. O ombro é formado pela clavícula, pela escápula e pelo úmero. A ilustração mostra o lado posterior do ombro (de trás);
2. A escápula é um osso plano e triangular, com uma cavidade onde se encaixa o úmero, o osso do braço. Essa articulação permite mover o braço em todas as direções;
3. Os dois ossos do antebraço (ulna e rádio) se articulam com a mão;
4. A mão é formada por 27 ossos, que, aliados aos músculos e às articulações, permitem a realização de tarefas como escrever ou tocar um instrumento musical. Os dedos são formados por três falanges – proximal, medial e distal –, exceto o polegar, que só tem duas.
Membros Inferiores
1. A estrutura da pelve é diferente no homem e na mulher;
2. O fêmur articula-se com a tíbia e com a fíbula no joelho, onde estão a patela e os meniscos;
3. É no tornozelo que os ossos da perna se articulam com o pé;
4. O pé é formado por 26 ossos, que são mais compactos do que os da mãos, porque sustentam todo peso do corpo.
MOVIMENTO
A pelve liga o tronco aos membros inferiores. É uma estrutura forte e rígida, formada pela fusão dos ossos ílio, ísquio e púbis. No ponto de encontro entre eles há uma cavidade onde se encaixa o fêmur, formando um tipo de articulação que proporciona ampla capacidade de movimentação. Os ossos da pelve feminina são mais largos e mais inclinados que os da pelve masculina, para possibilitar a acomodação do feto durante a gestação.
MECÂNICA E DINÂMICA DA COLUNA VERTEBRAL
A espinha humana é o projeto mais perfeito que se conhece. Serve como uma coluna central de sustentação, a qual, direta ou indiretamente, estão ligados todos os órgãos do corpo. O empilhamento das vértebras forma uma estrutura óssea que protege a medula espinhal. Cada vértebra possui um orifício de cada lado, por onde passa um par de nervos espinhais, ao todo 31 pares, de suma importância no tratamento quiroprático.
O sistema nervoso – cérebro, medula, nervos e neurônios – controla e coordena todas as partes e funções do corpo humano, sejam órgãos ou estrutura. Agindo como uma rede telefônica, os nervos e medula têm a função de transmitir ao cérebro qualquer notícia do estado geral do corpo, diuturnamente monitorado pelas fibras nervosas sensitivas aferentes (neurônios), que conduzem a informação ao sistema nervoso central. Diante de qualquer ameaça que coloque em risco a saúde e o equilíbrio do organismo, os neurônios aferentes captam o sinal de alerta e o transmitem, por impulsos elétricos, através dos nervos, até a medula, que decodifica a mensagem e a transmite para o cérebro. Este, por sua vez, analisa o problema e imediatamente convoca todos os setores que têm condições de solucioná-lo, enviando socorro imediato ao local de onde veio o alarme, através das fibras motoras eferentes, que conduzem a ordem do sistema nervoso central para todas as outras partes do corpo, músculos glândulas e órgãos.
Na leitura da quiroprática, quando acontece um “acidente” qualquer no corpo e esse “acidente” não é imediatamente reparado pelo próprio organismo, significa que, em algum lugar do curso daquela ligação, o impulso transmissor (aferente ou eferente) está bloqueado e a solução do problema estará sujeita ao reparo dessa ligação.
A coluna, como fiel de uma balança, transmite o peso do tronco à pelve, que o divide entre os membros inferiores. Apesar de suportar toda esta carga, conserva enorme variedade de movimentos em todas as direções (flexões, extensões, rotações) e se equilibra em qualquer mudança na distribuição de peso, fazendo pequenas alterações na posição das articulações.
O peso do corpo é sustentado pelo esqueleto, cujos ossos são mantidos amarrados em todas as juntas pelos ligamentos. Estes ossos são cobertos por músculos, cuja principal função é movimentar as diversas partes do esqueleto, adaptando-as às mudanças na distribuição de peso. Quando a postura é ereta, a ação muscular está neutra. O movimento é provocado pela tensão e relaxamento dos diversos grupos musculares. Uma boa ilustração de como acontece o movimento, é uma marionete que, para se mover, precisa que o manipulador vá encurtando e soltando os cordões que estão ligados às suas articulações. Quando há uma alteração anormal no posicionamento do esqueleto, causado por trauma, ou quando ocorre o enfraquecimento de um suporte ligamentar em qualquer junta de sustentação, os músculos reempilham as articulações, criando compensações para que o corpo continue mantendo o equilíbrio. Este reempilhamento cria posturas distorcidas, provocadas por deslocamentos e ou fixações.
Há uma enorme gama de movimentos da coluna, principalmente nas regiões cervical e lombar, variando de pessoa para pessoa conforme a idade, atividade e hábitos pessoais. Ao avaliar o movimento da espinha, é importante que o quiroprático observe se cada área se movimenta normalmente, ou se a amplitude do movimento é exagerada (hipermobilidade) para compensar uma região que está fixada (hipomobilidade).
A amplitude média dos movimentos das diversas regiões do tronco são:
• Flexão, 90º para Lombar e Torácica e 60/70º para a Cervical;
• Extensão, 25/30º para a Lombar e Torácica e 40/45º para a Cervical;
• Rotação (ambos os lados), 25/30º para a Lombar e Torácica e 80/90º para a Cervical;
• Flexão lateral (ambos os lados), 20/25º para a Lombar e Torácica e 50/60º para a Cervical.
O sacro, embora alguns estudiosos discordem, pode deslocar-se de sua posição original, o que se observa pela rotação das asas ilíacas, desnivelamento de 1,5 cm e entre as diversas linhas glúteas e subglúteas. Este deslocamento pode ser corrigido através da manipulação Quiroprática, exceto em raros casos especiais.
A posição pélvica também varia de acordo com a distribuição do peso e a mudança nesta distribuição, tendo como causas:
1. A deficiência de uma das pernas: Uma perna mais curta causa desnível pélvico e uma conseqüente necessidade de um realinhamento do esqueleto;
2. Uma subluxação vertebral: A vértebra fixada, ou deslocada, em qualquer segmento, desde o sacro até o occipito, provocará a necessidade de novo reempilhamento vertebral;
3. Uma fixação articular: Seja na junta sacro-ilíaca, ou em qualquer outra, fará com que esta articulação perca a mobilidade (está presa) e, para que o corpo continue se movimentando normalmente, outras juntas deverão fazer o trabalho desta (compensação), provocando um novo alinhamento.
Se essas causas não forem solucionadas com urgência, a acomodação prolongada se tornará crônica, alterando os tecidos, que, agravados por outras compensações musculares, manterão a junta presa numa posição distorcida. Apenas o ajuste local poderá reverter o quadro.
IDENTIFICAÇÃO DA COLUNA
Desvios, tensões ou calombos localizados ao longo da coluna podem ter relação com um mau funcionamento do órgão correspondente a área afetada. Uma maneira simples de observá-la é correr os dedos ao longo de toda sua extensão, exercendo suave pressão. Utilizamos os dedos indicador e médio, um de cada lado da coluna, num movimento contínuo de cima para baixo – e ficamos atentos a qualquer irregularidade.
Precisamos aprender a ordem da coluna vertebral. A partir do crânio, encontramos sete vértebras cervicais. Como duas permanecem dentro do crânio, podemos localizar apenas cinco. Em seguida, encontramos o segundo grupo de vértebras, as torácicas ou dorsais, que são em número de doze. Depois vem o terceiro grupo, as lombares que são cinco vértebras. Depois vêm as chamadas de sacro, que estão soldadas entre si e, portanto, fixas. Nessas últimas vértebras, encontramos oito furos, que também são utilizados para a aplicação de acupuntura e como referência para a localização de alguns pontos. Finalmente, temos as vértebras do cóccix.
Não sendo nosso corpo transparente, encontraremos dificuldades para a localização desses ossos e vértebras. Primeiramente precisamos localizar a última vértebra cervical, a C7, também chamada de grande vértebra cervical ou proeminente. Quando inclinamos a cabeça para frente, essa vértebra salienta-se entre as demais. Logo depois da C7, começam as vértebras dorsais. Se usarmos o método de contagem das vértebras, uma por uma, isso pode resultar em confusão, além de ser demorado. Por isso, temos que aprender uma maneira mais prática, precisa e rápida de localizar os pontos.
Ao longo da coluna vertebral, podemos determinar quatro vértebras fundamentais, que servirão de base para a localização de todos os pontos. A primeira vértebra fundamental é a 7ª vértebra cervical, a C7 (posição “A” da figura abaixo), que já vimos como localizá-la.
A segunda vértebra fundamental é a dorsal. Para determiná-la, traçamos uma linha horizontal, ligando as duas partes inferiores e mais salientes da escápula. No ponto de cruzamento dessa linha com a coluna, encontramos a 7ª vértebra torácica ou dorsal, a T7 ou D7 (posição “B” da figura abaixo).
A terceira vértebra fundamental é a 1ª lombar. Traçando uma linha horizontal e ligando as duas pontas das duas últimas costelas, encontramos justamente a 1ª vértebra lombar, bem no meio do cruzamento dessa linha horizontal com a coluna, a L1 (posição “C” da figura abaixo).
Com esse mesmo procedimento, podemos determinar a quarta vértebra fundamental que é a 4ª vértebra lombar. Ligando com uma linha horizontal as duas partes superiores mais salientes do osso ilíaco, encontramos, bem no centro do cruzamento dessa linha com a coluna, a L4 (posição “D” da figura abaixo).
Vemos assim que se tornou fácil a localização dos pontos através da coluna vertebral, tendo como base a localização dessas quatro vértebras fundamentais. É preciso treinamento para a localização dessas vértebras.
PADRÕES DE NORMALIDADE
Através de um exame visual, pode-se verificar se o padrão de normalidade da coluna vertebral apresenta alterações:
1. Marca o desnível da posição dos ombros;
2. Você poderá colher seus indicadores da situação das escápulas;
3. Você poderá ter uma idéia pela prega glútea, da simetria e posição da bacia;
4. Você poderá, pela posição dos joelhos, conferir a simetria e posição da bacia.
CIFOSE: É a curvatura dorsal exagerada, formando, com o tempo, uma “calota” com a convexidade posterior, chamada popularmente de “corcunda”, “giba” ou “gibão”. Constata-se por radiografia. Quando está muito acentuada, como mostra a figura, chama-se de Hipercifose.
LORDOSE: É a curvatura oposta à Cifose. O termo designa uma curvatura anterior excessiva da coluna. Na prática, a Lordose só é vista na região lombar, onde uma curva ligeira é normal, sendo, entretanto, características das regiões Lombo-sacra e cervical. Na raça negra, é quase sempre uma característica. Quando está muito acentuada, como mostra a figura, chama-se de Hiperlordose.
ESCOLIOSE: É a curvatura desarmônica da coluna vertebral no sentido longitudinal, formando um “C” ou um “S” (quando compensada). Sua constatação pode ser feita por radiografias, de frente ou de costas, ou por palpação do Quiroprático. A Escoliose provoca o desnivelamento dos ombros e/ou da bacia. Pessoas que têm uma perna mais curta que a outra, provocada por uma báscula de bacia, também sofrem deste desajuste. Pode-se recomendar uma radiografia chamada de ESCANOMETRIA para verificar o possível encurtamento de determinado membro inferior.
SISTEMA MUSCULAR
Qualquer movimentação que fazemos, desde um simples piscar de olhos até uma longa corrida, só é possível porque o corpo humano é constituído de músculos. A grande maioria deles está ligada aos ossos e realiza movimentos ordenados pelo cérebro, como levantar e abaixar um braço. Outros movimentos, porém, são involuntárias, como as batidas do coração. Em média, os músculos representam 40% do peso do corpo.
Antes de qualquer atividade física, deve-se sempre aquecer e alongar os músculos. O aquecimento garante maior circulação do sangue tanto aos músculos quanto às articulações, o que permite maior flexibilidade ao corpo. Já o alongamento, que também deve ser feito após os exercícios, relaxa os músculos e aumenta sua flexibilidade e resistência. Além disso, melhora a postura corporal e, assim, a capacidade respiratória. Mas esses procedimentos de nada adiantam caso não sejam utilizados tênis adequados, que oferecem firmeza ao pé, e roupas que permitam a troca de calor entre o corpo e o ambiente.
OS TIPOS MUSCULARES
O corpo humano é composto de três tipos de músculo: o esquelético, o liso e o cardíaco. O primeiro tipo é o que se prende aos ossos e se movimenta voluntariamente, comandado pelo cérebro. Os outros dois são os que se movimentam involuntariamente, sem que possamos interferir sobre seu funcionamento.
ESQUELÉTICOS: Eles recobrem os ossos do corpo e permitem os movimentos. Em suas extremidades há cordões resistentes e fibrosos – os tendões – que se unem a outros ossos e sustentam o esqueleto. Suas contrações são rápidas e vigorosas.
LISOS: Estão presentes nas paredes dos órgãos internos, como a bexiga, o intestino delgado, a traquéia e os bronquíolos, além dos vasos sanguíneos, ajudando-os a se movimentar. Esse tipo de músculo apresenta contração lenta.
CARDÍACO: Compõe a maior parte do coração e se parece com os músculos esqueléticos, mas suas contrações, rítmicas e fortes, são automáticas. Ele faz o coração bombear sangue para o resto do corpo.
FIBRAS MUSCULARES
O músculo esquelético é composto de células alongadas chamadas de fibras musculares. Embora tenham apenas um milímetro de espessura, elas podem ter vários centímetros de comprimento. Cada fibra, por sua vez, contém milhares de miofibrilas, finíssimos fios de proteínas que são os verdadeiros responsáveis pelos movimentos musculares. São elas que se contraem ao receber sinais do sistema nervoso , encurtando as fibras. De acordo com o número de fibras de um músculo que se contraem ao mesmo tempo, determina-se a força de um movimento.
FUNÇÃO DOS MÚSCULOS
Os músculos têm os mais diversos tamanhos e as mais variadas formas. Cada um desempenha uma função específica. Os maiores são usados para situações que exigem mais força. Os menores, por sua vez, são utilizados para operações mais delicadas.
Um atleta que arremessa um disco em uma competição passou antes por uma série de treinos. Após repetições e ajustes, ele aprendeu a correta movimentação de todo o corpo para que, na hora do arremesso, o disco possa ir o mais longe possível. Desse modo, o atleta sabe quais músculos são necessários para empregar mais potência em seu arremesso e quais os utilizados para fixar o corpo no chão. Assim ele pode unir força e técnica.
Os músculos do corpo que se movimentam de acordo com a nossa vontade são chamados de esqueléticos. Eles se movem por ordem do cérebro, que envia mensagens aos músculos por meio dos nervos e das terminações nervoso ligadas às fibras musculares. Esses músculos só podem ser contraídos, por isso atuam em pares. São os músculos Agonistas e os Antagonistas. É o caso de quando flexionamos o braço (formando o chamado muque): o trabalho de flexão é feito pelo bíceps, que se contrai, enquanto o tríceps relaxa. Para esticarmos novamente o braço, o tríceps se contrai e o bíceps relaxa.